segunda-feira, outubro 04, 2010

Eleições no Brasil

Um país com quase 200 milhões de habitantes, com uma percentagem muito elevada de analfabetismo, com sistema eleitoral muito complexo, utiliza um voto eletrónico que genericamente é considerado muito seguro e que fornece resultados num prazo temporal muito curto.

Por que razão este método de voto não é usado com maior frequência em países como o nosso?

Alguém consegue explicar?

8 comentários:

Anónimo disse...

Não é só nisso que o Brasil se destaca. Entre muitas outras coisas, a nota fiscal electrónica e a nota fiscal paulista seriam medidas excelentes que poderiam ser tomadas na terrinha.

Um nota extremamente positiva para o clima vivido durante estas eleições no Brasil. Prova de uma democracia sólida e prova de um povo plural, diverso e que começa a entender o melhor para o seu país. Não se deixou "ir" na euforia Lula criada, essencialmente, pelos media internacionais. Votou conscientemente.
Existem casos como o de um palhaço de nome "tiririca" que obteve 1 milhão de votos - é facto. Trata-se de um voto de contestação num país onde o voto é obrigatório e, como em todo o lado, existem segmentos insatisfeitos. No entanto, esse voto pode ter mais sentido do que muitos que estão de fora poderão entender. Coloquem uma figura dessas numa das próximas eleições em Portugal...aposto que essa figura, dado o momento actual do país, até iria conseguir um resultado engraçado.

Anónimo disse...

A situação em que se encontra atualmente o nosso país, por si, já explica muita coisa.

Luís Bonifácio disse...

Caro embaixador.
É muito simples!

O sistema de voto electrónico é um sistema informático como muitos outros. Você mete o cartão e um código e depois vota.

Tal como no multibanco, o administrador do sistema sabe o que você fez na operação (e convém que saiba), no sistema de voto electrónico fica sempre registado a correspondência entre o cartão e o voto.

Voto 100% secreto só mesmo o papelinho na urna.

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Esta “desconfiança do desconhecido” tem travado a implementação em Portugal do voto eletrónico (e noutros países também).
Custa-me acreditar como é que um país que se orgulha do seu plano tecnológico, que tem a Via Verde mais funcional do mundo, que tem um dos passaportes mais sofisticados do mundo, não consiga implementar o voto eletrónico – a meu ver, a única forma democrática de fazer votar os milhões de Portugueses que residem no estrangeiro e que nunca votarão se for necessário deslocar-se milhares de quilómetros para irem até um posto consular.

Curiosamente, são os partidos de esquerda que mais se opõem a este tipo de votação.

E essa do “secreto, secreto, só o papelsinho na urna” vem certamente de alguém que também não deve ter cartão de crédito – muito mais vulnerável do que um voto – nem telemóvel. Comunicará por sinais de fumo?

Mas ouço cada vez mais políticos a falarem na possibilidade de um voto eletrónico em Portugal. Isso reconforta-me.

Cumprimentos
Carlos Pereira

Helena Oneto disse...

"Pourquoi faire simple si on peut faire compliqué"?

Julia Macias-Valet disse...

Porque nos gostamos de continuar a gastar papel !

Luís Bonifácio disse...

Caro Sr. Carlos Pereira

Eu limitei-me a dar uma explicação técnica sobre os problemas que o voto electrónico coloca.
Não estou aqui para receber comentários acintosos de mal-criados como V. Exª.
Claro está que eu tenho cartão de crédito, e tenho-o desde os 15 anos e posso-lhe garantir que apesar das fraudes é o meio de pagamento mais seguro. E o que faz os cartões de crédito serem seguros é exactamente o mesmo que torna o voto electrónico pouco secreto.
Eu não quero que uma PIDE ou uma Formiga Branca qualquer me batam à porta numa noite só porque não coloquei a cruz no quadrado que eles desejavam.

E você quer?

Anónimo disse...

Pelo menos Portugal contribui com indústrias de celulose garantindo a sustentabilidade, pois sim?

Os EUA, a ONU e Gaza

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