terça-feira, janeiro 26, 2016

Sarkogaffe



No novo livro de Nicolas Sarkozy, de que aqui havia falado há dois dias, o autor refere a campanha de "uma rara violência" entre George W. Bush e Barack Obama, na primeira eleição deste. mostrando-se surpreendido pelo facto do atual presidente americano, não obstante esses tensos momentos, se ter disponibilizado para uma iniciativa pública com o antigo presidente.

É sabido que as campanhas eleitorais, nos Estados Unidos, são sempre muito aguerridas. Acontece, no entanto, um pequeno, quiçá despiciendo, pormenor. O adversário de Obama não foi Bush, que já tinha terminado o seu segundo mandato, mas sim John McCain...

Acontece aos melhores, não é? Que Sarkozy estivesse distraído, tudo bem, mas não houve uma alma caridosa que tivesse descortinado a "gaffe" antes do livro ser impresso? Que amadorismo, para quem cultiva a ambição de regressar ao Eliseu!

3 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Senhor Embaixador : Uma cadeia de televisão, nacional, France 2, fez uma lista de todas as mentiras, erros, esquecimentos e asneiras mesmo , contidas neste "bouquin", que não creio que Sarkozy tivesse escrito, porque ele não sabe escrever. Tem vários "nègres" ao seu serviço. Sarkozy, de quem há dias um dos seus antigos "lieutenants" e futuro concorrente nas primárias disse publicamente, que "fez o seu tempo"! Isto é, que está ultrapassado!

Este indivíduo devia ser trazido ao Tribunal de La Haye pelo crime cometido contra o povo líbio.

Anónimo disse...

Estimado Embaixador,

Na minha modesta qualidade de politólogo amador, penso que a constituição deveria ser modificada, suprimindo-se o segundo mandato presidencial na França. Na história da Quinta República verifica-se que os segundos mandatos foram sempre bastante negativos. Temos assim De Gaulle que se julgou obrigado a partir em 1969, três anos antes do fim do segundo septénio, em grande parte por causa dos efeitos de Maio de 68. O segundo mandato de Mitterrand também foi uma desgraça, tendo sido marcado pela grave doença que tentou ocultar e pela aventura extra-conjugal de que resultou uma filha ilegítima. E temos, finalmente, Jacques Chirac, cujo segundo mandato -agora de cinco anos- foi também marcado pela doença que coincidiu com a grave agitação na periferia de Paris. A monarquia republicana já não interessa a ninguém, por muito que isso custe ao escritor Sarkozy. Há quem pense que, no referendo de Setembro de 2000 se deveria ter mantido o mandato de sete anos mas deixando de ser renovável. Isto contribuiria também para o rejuvenescimento da classe política francesa.

Atenciosamente

Anónimo disse...

Temos muita sorte em Sarkozy não ser português e por MRS não ser Sarkozy. Ambas as coisas poderiam ser possíveis.

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