quinta-feira, abril 26, 2012

Feriado

Conversa ouvida, há uns anos, ao almoço, numa mesa ao lado, num restaurante lisboeta, num dia 24 de abril:

- Eu, cá por mim, detesto o 25 de abril! Só trouxe balbúrdia, arruinou a economia e foi uma deceção! Então, cravos vermelhos, nem vê-los!

-  E o que é que fazes amanhã?

- Vou para o monte, ali ao pé de Serpa, já pedi a tarde ao chefe. Tirando uns dias de férias, e ligando ao 1º de maio, faz-se uma "ponte" imensa. Dá um jeitaço!  

Pois dá!

12 comentários:

patricio branco disse...

belíssima fotografia

anamar disse...

Mas as "pontes" ainda existem???

Ontem, no grande desfile da Avenida da Liberdade... não havia quase ninguém com cara de férias ou pontes.

:((
Atenta de si

Isabel Seixas disse...

É curioso...
uma espécie de obscurantismo individual e falta de reconhecimento das dádivas da história na contribuição para a nossa qualidade de vida centrada no direito ao descanso, ao dolce far niente...

Fazer esse comentário do nosso deus de oportunidade de liberdade individul de toda a expressão é de uma ignorância leviana e fútil.

Mas conheço imensa gente que se aproveita , eu própria também não me orgulho de gozar alguns feriados religiosos aos quais dou o beneficio da dúvida face à veracidade dos seus factos e esqueço a congruência de ir trabalhar...Ora

Isabel Seixas disse...

Ah! Posso plagiar o comentador Patricio Branco... Divinal

tulipas disse...

Bom Dia
Sr. Embaixador,
Desculpe, mas... parece-me que o seu intuito, desta vez, não foi conseguido... ou será que foi?! Os tempos são de mudança... e as mentalidades? os oportunistas? Há-os cada vez mais! Gostaria é que não se esquecessem que se em Portugal temos este governo é porque os eleitores assim o quiseram. E não me venham dizer que foram enganados. Só quem quer acredita no "Papai Noel".
Aquele Abraço

Anónimo disse...

Espero que este blog não faça feriado hoje para não ter de comentar os eventos em Bilbao....

Anónimo disse...

Belíssima fotografia?
Homessa!
Belíssima fotografia para a máquina do gajo que tem o monte, ali ao pé de Serpa.
V

patricio branco disse...

cenario frequente no campo alentejano, uma arvore solitaria, isolada, normalmente azinheira.

Anónimo disse...

Desculpe, Patrício Branco.
Julguei que se referia à irónica fotomontagem do Senhor Embaixador.
V

Julia Macias-Valet disse...

Caros Patricio Branco, Isabel Seixas,

Se a fotografia é belissima, divinal e tudo o mais nao é certamente resultado do trabalho dos protagonistas de historias como a de hoje que têm "um monte ali para os lados de Serpa".
Esta paisagem é o resultado do trabalho de um povo corajoso que labuta de sol a sol.

O Alentejo foi e continua a ser uma região esquecida pelo Poder Central. A desertificaçao humana a que esta destinada fara com que um dia os campos do alentejo deixem de produzir para se tornarem no parque de diversões dos endinheirados da banca e da finança em busca "d'ennoblissement terrien"que vêm para os montes brincar com os Quades e fazer motocross marterizando terrenos e desrespeitando a biodiversidade !!!!

Para eles o campo e o Alentejo é um mistério so comparável ao da Santíssima Trindade.

Têm montes mas falta-lhes o conhecimento da regiao e das suas gentes a MONTES !!!!

Isabel Seixas disse...

Oh Júlia como a compreendo.
Não esqueça que eu vivo e se me permitirem viverei sempre em Trás-os -montes.
Conhece o parque das Pedras? Pois...

Julia Macias-Valet disse...

Ainda volto : )
Achei que ficava bem com a "sua" foto :

Breve Sonata em Sol [UM] (Menor, Claro)

A solidão da árvore sozinha
no campo do verão alentejano
é só mais solitária do que a minha
e teima ali na terra todo o ano
quando nem chuva ou vento já lhe fazem companhia
e o calor é tão triste como o é somente a alegria
Eu passo e passo muito mais que o próprio dia

Ruy Belo

PS O fotografo sera Antonio Cunha ?

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